domingo, 24 de setembro de 2006

A Paz Segundo Um Menino

Menino, João, criança inteligente e muito ativa, muitas confusões arranjou quando saía para brincar. Era sua a única bola da rua inteira e, fadado de ter que emprestá-la toda vez que ia para a escola, resolveu, um dia, não mais deixá-la com ninguém.

Chegando à aula, o professor pediu que todos os alunos escrevessem o que era “Paz”. João não sabia o que queria dizer aquela palavra e teve uma grande idéia: sair perguntando para todo mundo o que significava aquilo.

Começou pelos colegas da rua, mas eles não queriam falar com ele: afinal, não emprestou a bola naquele dia... Foi aí que teve uma idéia: se eles o ajudassem, teriam sempre que quisessem a bola. Os meninos olharam-se e resolveram ajudar. Assim, no dia seguinte, pela manhã, todos eles sairiam pelo bairro perguntando para as pessoas o que era “Paz”.

Não demorou muito para que aquelas crianças recolhessem respostas dos senhores que jogavam damas nas praças – e sempre reclamaram das vezes que a bola batia nas suas mesinhas -, das senhoras que saiam cedo para a feira – e zangavam por causa do movimento deles que atrapalhava seus carrinhos na volta para a casa -, dos outros meninos das outras ruas perto – e que às vezes arranjavam confusão quando não jogavam também...

Ao final da tarde, eles se encontraram na casa de João com as respostas e conversaram até a noite sobre o que tinham achado: nunca tinham feito nada parecido... Receberam a bola e voltaram para suas casas, enquanto o menino ia perguntar para seus pais o que era “Paz”...

Ele esperou que o Pai e a Mãe se sentassem à mesa para o lanche da noite para que tocasse no assunto. Assim feito, contou tudo o que tinha acontecido durante aquele dia e perguntou finalmente... Seus pais, muito felizes, sorriram e disseram:

- Estamos muito orgulhosos de você, meu filho!

- Mas, Mãe, o que foi que eu fiz? O que foi, Pai?

- O que você fez hoje, voltando a falar com seus amigos, fazendo com que todos se unissem por um objetivo, é que se chama “Paz”...

E assim João fez a melhor redação sobre Paz.

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