Fiando meu destino, quem será, quem estará?
Serão as Horas ou as vagas do Mar?
Nave perdida em mar bravio,
deixando homens a cada onda.
Vela rota e mastros batendo,
deixando homens, sonho perdido,
Nave perdida em mar que assombra.
Madeiro talhado à própria sorte,
sacudindo almas a cada vaga.
Malha ferida e guias quebradas,
sacudindo almas, sonho de morte,
Madeiro talhado em mar que mata.
Luta braçadas às águas contra
aquele que teve por culpa o lance
de seu corpo da barca querida -
agora tão tristemente medonha.
Luta braçadas às outrora amigas.
Capitão, onde há vergonha
em juntar velas e lançar remos
na direção contrária a dos fracos ventos?
Capitão, não é enfadonha
a missão de ficar mais uns momentos
para que descubramos novos direcionamentos.