quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Eutanásia

Desde que o amor pela Poesia é, para o Poeta, razão de sua arte, que maior desalento será para ele não ter com sua inspiração?
Entristece, sobretudo, a não-paixão. Um doce que não adoça, uma alegria incompleta, uma amargura que não cessa de ser... O que restou foi apenas lembrar do tempo que havia amor no seu vocabulário.
Não há espaço para o Poeta. Sobra o silêncio: nada além. Ele arde em silêncio, morre calmo... no sentido contrário ao dos seus últimos versos.

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