Feito de coisa nenhuma
com destino ignorante,
pesa à fronte o olho baixo
do cansaço de não-ser.
Eterno desperdício:
um sorriso impedido
de se abrir, num estalo:
um covarde se satisfez.
Paga hoje a pena
a pena de ter sido
o silente meio de gritar...
Mesmo a desesperar,
canta mormente um eu-lírico
bem diferente de sua chaga.
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