terça-feira, 8 de maio de 2007

Questão de Valor

A verdade funciona para si quando também ao outro possa se chamar “compreensão”. A “compreensão” parte do “ser”, não da “estância”. O ser é passível de compreender a estância por seu caráter de permanência.
A permeabilidade do ser é seletiva (naturalmente) quanto ao que cada estância, ou noutros termos, o ser, consciente de sua estância, é capaz de analisar (e compreender), donde, então, extrai o que vem a ser a “verdade”. Esta “verdade” contém em si um valor absoluto àquela estância a que é submetida; caso a possuísse para toda situação, deixaria de sê-lo para se tornar “dogma”.
Porém, nem mesmo o dogma pode ser verdade por ser imposto, não-resultado de experiência e consciência do ser. Quando o ser atinge uma verdade para si mesmo, ela passa a ter, atribuído por ele, valor próprio. Deste momento, o ser consegue transmitir esta afirmação atingida a outrem de maneira que ela possa ser analisada em seu valor próprio; também com isso atinge a compreensão, ainda que num grau até mais elevado quando suscita “debate”.
O “debate” é a prova tanto do valor dessa verdade quanto da sua “veracidade”. O valor nada tem a ver com a veracidade: o valor é a importância (portanto, ente subjetivo) desta verdade; a veracidade é a exatidão (logo, ente objetivo) dela na estância donde foi extraída ou para qual será aplicada. A compreensão tem a ver com a consciência (reconhecimento) duma verdade, de seu valor e de sua veracidade, como e porquê foi atingida.
to be continued

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