sábado, 14 de julho de 2007

Divagação dos campos antigos - Leitura pré-viagem

E a simplicidade sentiu falta dele. Da grandeza que em seu olhar se estampava de maneira irrefutável e irresistível. Da alegria quase ingênua que havia nas suas tardes e da paz de suas manhãs. Enumerar se torna um martírio de saudade.
E o vento sentiu falta dele. Das inúmeras vezes que silêncio bastou para que compartilhassem centenas de confidências. Dos cabelos compreensivos com o ritmo natural da vida. De cada segundo que sua alma podia ser ela-própria inteiramente.
Havia campos onde a vida era composta do contato com a vida real, mais nada. As pessoas eram motivo de festa, não de recolhimento. A felicidade era ser feliz com o que se vivia.
Onde deveria estar, o horizonte sorria, certo de que o mundo era muito mais amplo do que as pessoas apregoam hoje em dia.
Hoje é uma caricatura picaresca do que deveria ser.

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