domingo, 12 de agosto de 2007

Divagação Antiga - Reveillon

Trago meu relógio às últimas conseqüências: para a sala onde durmo há meses...
Oiço seu tique-taque na incrível velocidade de vinte e quatro horas por dia: quase não acompanho nem seu ritmo nem o de meus pensamentos. Ambos se embaralham em minha mente com a canção que a noite chove. Hahaha!
Passo a mão pelos meus cabelos e me pergunto: seria "pergunto-me"? Vacuidade esta... Psicologicamente, apenas há um monte de coisas se amontoando, hahahahaha! Hahahahahaha!
Caetano canta "Drão" no rádio e persisto em mim lembrando (ou esquecendo) alegrias, outras cores que a aquarela que quis pintar desbotou... Sozinho, escrevo e pretendo não ir além de uma pretensão... Hahahahahaha! Hahahahahahaha! Quinze segundos passaram e ficaram apenas ilusão...ha...hahaha...hahahahaha!
Se ilusão e sonho neste idioma não se confundem, é porque só há a idéia "não sonhe!" e não há como "des-sonhar". Desfazer o delírio que vivo agora (já que sonho e sigo acordado com a realidade, hahahaha!) é tão impossível quanto voltar no tempo. Contornar esta parede cheia de... hahahaha...hahahahaha... vazio! Vago na ilusão de que o dia acaba... de que tudo acaba... hahahaha... inclusive o pensamento que deu linhas a este... hahahaha... a este devaneio torpe.
Anoiteço e amanheço em linhas... Da tarde só me vem a imagem do café... e, aliás, de alguém. O café é quem conheço... alguém esbarra no meu sonho.
Já que parar de "ilusão" é desilusão, ponho linhas demais neste estúpido escrito... hahahahaha... que já tarda, a dois segundos da meia-noite...
Hahahahaha.... Hahahahaha... Hahahahaha!

Nenhum comentário: