domingo, 28 de outubro de 2007

Heinrich Larsen em 28 de Outubro

Valor. Que valor? Depois de aprender exatamente, e amplamente exemplificado, como ser errado, buscar um meio de me livrar destas chagas é doloroso e angustiante.
Um, por ser terrível a influência dos ensinamentos. Foge-se, luta-se contra. Mas, atingir a libertação tem exigido não só uma raiva qualquer ou a decisão. Há, ainda, a presença dos erros e a extensão de cada um deles. Chegar ao conserto provocou uma onda pior de equívocos em série. Afinal, fui ensinado a ser errado. Agora, ninguém mais tem nada a ver com isso. É a desculpa perfeita da vida para os enganos dos outros. E quando somos o suposto engano?
A angústia. Acordar cada dia pensando na saída e não encontrá-la... Há certeza da sua existência, o que, aliás, alenta sobremaneira. Sem que ela haja, como enfrentar as atividades diárias, como? Ironicamente, cremos que podemos vencer por motivos decerto holísticos; raramente por outros práticos. Motivo que leva a uma esperança que, se não fundada, torna-se desesperadora.
É preciso, de alguma forma, chegar a uma crença, a um fio que oriente a busca eterna, e por isso instigante, da liberdade. Uma vez além das amarras, tem-se a verdadeira noção do que ela representa: amplitude.

Nenhum comentário: