domingo, 10 de fevereiro de 2008

Aventuras na seara da Psicologia...

Em “Inibições, Sintomas e Angústia”, Sigmund Freud parte do uso lingüístico dos termos inibição e sintoma para, em seguida, ampliar seus usos no que tange a psicanálise no estudo da Angústia. Conceituando e exemplificando, então, respectivamente, cada um deles para estabelecer, finalmente suas relações.

Assim, diferencia, inicialmente, a Inibição, tomada como “restrições das funções do ego que foram ou impostas como medida de precaução ou acarretadas como resultado de um empobrecimento de energia” (p.13). O Sintoma, que teria mais a ver com modificações inusitadas de uma delas, um sinal, uma “conseqüência do processo de repressão” (p.14) no qual o “o prazer que se teria esperado da satisfação fora transformado em desprazer” (idem).

A Angústia, logo, emanaria do ego resultado da liberação do desprazer. Ela “é reproduzida como um estado afetivo de conformidade com uma imagem mnemônica já existente”, amplamente relacionada com o trauma do nascimento, ou seja, uma reação ao perigo.

Em seguida, trabalha o problema do ego que, no processo de repressão, é “uma organização” e o id, não. Uma vez que aquele é parte organizada, ele, nestes processos, tenta “impedir que os sintomas permaneçam isolados e alheios”, agregando-os.

Demanda destas observações que a Angústia é “por algo” cuja expectativa sofreu inibição. Uma perda de percepção de um objeto que pode chegar, mesmo, a produzir dor física, uma catexia narcísica do ponto doloroso, sintoma de esvaziamento do ego, que, impossibilitado de ser inibido, conduz a um estado de desprazer.

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