quarta-feira, 2 de julho de 2008

Giving up

É bom saber a hora de mudar de rumo. Agregar algum conhecimento também exige mudanças. Umas mais graves, outras mais agudas; o que há de mais sério: elas ocorrerão e por mãos próprias. Esta costuma ser a melhor via.
Pensemos numa rota à beira de um vale. O nosso senso de segurança faz com que busquemos identificar qual é o ultimo ponto alcansável dessa estrada. Diante do qual retornaremos sem pestanejar, diga-se. A crítica a esse tipo de instinto se torna tola e amplamente desnecessária.
O exercício do valor intelectual tem suas nuances. Seguindo Maslow, como fazer juízo sem que a questão instintiva esteja resolvida? Em segurança, adquirimos (ou podemos adquirir) o que chamamos de "cultura" - um entendimento geral do suporte de conhecimento e código comportamental de um meio social qualquer. A inserção num destes (meios) provoca naturalmente a assimilação de vários dos valores constituintes e consecutiva mudança de atitude.
O grau em que acontecem cada um destes novos posicionamentos é variável. Entender e responder aos estímulos do ambiente (adverso ou não) não depende de outrem. Assim, algo particular, duas pessoas quaisquer reagem individualmente em intensidades e maneiras diferentes a situações semelhantes. A simples possibilidade de ação que não seja per se invalida em muito a suposta autonomia de exposição a este processo todo.
Tendo adiante o vale e a estrada à sua beira, o instinto de mudança e a própria mudança melhor seguem se realizados por quem os sente e re-conhece como necessários. Enxergar o limite da rota é sensorial, decidir se o ultrapassa ou respeita, consciente. Quem possui a consicência, enxerga mais e pode ir muito mais longe pois sabe quando é bom mudar os rumos.

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