Entre o barco e a praia já não existem elos.
Enquanto as velas se inflam do vento bom,
a areia vira calmamente uma linha no horizonte.
Fato: naus devem navegar além.
É de sua natureza e nada o tira,
muito menos bancos de areia.
As correntes marinhas o chamam ao rumo,
a âncora - nervosa - sente o movimento.
O que mais deveria fazer, senão subir
e dar liberdade à embarcação?
O vento o implora a ida,
e não havendo meio de seguí-lo,
a que mais serviria o barco
senão de abrigo para a tristeza?
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