quinta-feira, 30 de junho de 2011

Das disposições interiores (protofilosofia do pensamento)

O presente dispõe acerca do que move interiormente, e não internamente como pressupõe a psicologia de modo geral, processos de assimilação e motivação de caráter positivo. Parte-se, aqui, de noções fenomenológicas (Bakhtinianas, Husserlianas e Sartreanas) de consciência, i.e., um movimento e não um ente ou objeto. Considerar que tal movimento "surge" sem motivação é dar à consciência uma falsa inércia, como se fosse submetida a um lançamento por uma força ou desprezível o suficiente para ser ignorada, ou grande demais para ser mensurada. A consciência, ou seja, o "movimento" não pode simplesmente surgir: o que "surge" surge "de algo ou de alguma coisa". O que desencadeia esse movimento, ou seja, a "força" - apropriado o termo da Física Newtoniana - deve ser não somente admitida como algo "natural", mas, por este motivo, como objeto complexo de estudo nos campos da Filosofia da Linguagem, da Linguística Aplicada e da Psicolinguística.

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