"There is an invincible taste for prostitution in the heart of man, from which comes his horror of solitude. He wants to be 'two'. The man of genius wants to be 'one'... It is this horror of solitude, the need to lose oneself in the external flesh, that man nobly calls 'the need to love'." - Charles Baudelaire
Num tempo qualquer. Possuindo às mãos a Morte por bacante, beijou-lhe com o furor lascivo das paixões da curta juventude. Não lhe permitindo outra reação, possuiu-lhe amplamente. Dos suspiros aos delírios, das angústias ao deleite, nada deixou a um outro mundo. Única chance.
Da Vida já tinha o enfado. De novidades excêntricas e a não-permissão da loucura, essa deixara de agradar no momento em que exigiu dele a castidade eterna. A eternidade teve um fim e um preço para ambos. Ela sangraria, então, ad aeternum a dor de tê-lo lançado semente em solo infértil; ele, assim, dormiria para sempre as noites perturbadas das Saturnais.
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