terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Calmaria

Deixa a pena de sonhar ao longe,
onde a vista dói crendo ter chegado
ao limite de tua dor, exilado.

Vê que o horizonte é pouco além,
bem adiante do esperado,
algo perto de teu fardo.

A vela cala. As águas quietas põem medo ao fraco?
Faltam ondas onde havia grande tormenta?
O mar dorme, meu caro, sem reprimenda
de qualquer espécie ou enfado.

Nave lívida em tamanho lago...
Deita ao ombro a tão tua pendência
com o que outrora foi razão de vivência
e hoje, nada mais passa que de um perdido laço.

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