quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Inutilia trumcat

... e foi assim. Como qualquer uma das formas de se dizer não funcionou, resolveu manter o silêncio como meio efetivo de comunicação com o Universo. Calou no peito a voz (sempre) angustiada do Poeta, permitindo que um vácuo estranho tomasse conta de suas emoções mais sinceras.
Encontrou o horizonte vazio. A luz se desviou de seu olhar, temendo que fosse tragada para aquela galáxia ao contrário. Era uma linha fugitiva com suas nuances nulas. Percebeu o fim.
Reunindo todas as suas forças e restos, acomodou-se num canto e deu à centelha uma chance de se acender. Houve luz... e esta não tomou o rumo do limbo - lugar que muito exoticamente já nem existe mais de acordo com as modernas convenções religiosas, ao que me parece...
Ao queimar da chama surpreendente, consumiram-se os excessos. Deu-se uma vida no que há de mais sincero nela: ser, mais nada.

2 comentários:

Poliana disse...

Oi, João!!!
Mesmo não sabendo o contexto do escrito, me arrisco a dizer que o limbo existe... rs
Tenho até medo de fazer, mas... tô com um bolg no ar, começando... sem grandes pretenções, mas com o coração... rs
A partir de agora estou nesse universo também!!!
Abraço!!!

Poliana disse...

Retratação: não, o limbo não mais existe.
Se há centelha, não há limbo. Devo ficar feliz com isso???
Perdão pela pééééssima interpretação...