"All beings so far have created something beyond themselves (...)"

Friederich Wilhelm von Nietzsche

Ousar o surto: declinar do silêncio através destas palavras. Não havendo modo efetivo outro, vez que a garganta se eximiu do grito, pesar estas verdades em letras segue uma maneira razoável de existir. Como no egoísmo plausível de todo autor, ter certeza de si mesmo através do próprio registro.

Volto ao papel. Minha caneta (não digito neste instante em que crio) pesa as consequências da frase seguinte. Toda vez que ganha extensão meu texto, parece que minha alma se alarga um pouco mais. Não posso me dar ao luxo de desperdiçar tanto um como outra.

É bom ler páginas antigas: ter alguma certeza de que há chance de evolução quase sempre. Nietzsche teria satisfação ao ler esta assertiva? Tomara que sim - caso contrário devo ter uma noção muito rota de seu Übermensch.

(continue à venir)