quarta-feira, 15 de junho de 2011

Heinrich Larsen

Eu pedi adeus. Era hora de admitir que todo o esforço, toda a obra era em vão. Anos e anos trabalhando com esforço e dedicação para que meu quinhão merecido vire pó. Ouve, houve a temperança nos tempos difíceis para que viessem os tempos de amor. E quando este chegou, consigo trouxe a cáustica certeza de que não somos muito mais que personagens na vida dos outros.
Eu lutei, esperei, para que me fossem lançadas as sementes da prosperidade. Junto ao trigo, havia joio. Muito joio. E sem saber o que era um e outro, cultivei ambos. Morreu um na safra, vingou o outro. Agora, vez lançado ao fogo feito rama infrutífera, preciso quiemar.
Sou ruim. Sempre o fui. Devo ser o que vai servir de expiação. Se não o fosse, por que fui? Do último amor que tive, sinto muito. Da última alegria que tive, sinto muito.

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